Você tem tanto medo do fracasso que não se permite ser boa
Quando foi que ser aprendiz em algo virou sinônimo de fracassar?
Este foi o primeiro texto que eu escrevi quando decidi que teria uma newsletter. É uma das edições mais vulneráveis que publiquei até agora, mas acho que algumas pessoas podem se identificar. Espero que goste!
Antes de começar, que tal apertar o ❤️ ali em cima? Leva menos de 2 segundos, você ajuda nossa mesa a chegar em mais pessoas e ainda me deixa muitíssimo feliz. :) obrigada!
Que atire a primeira pedra quem nunca ficou estagnada pelo simples medo de dar o próximo passo (ou, quiçá, o primeiro).
Por “estagnada”, me refiro a estar com medo de colocar alguma ideia em ação, passar muito tempo planejando, planejando… sem nunca de fato ter coragem para executar. Inventar desculpas e procrastinar para não começar.
Mentir para si mesma que, na verdade, você nem queria tanto assim fazer aquilo. Ou até queria, mas agora não é um bom momento porque (insira aqui qualquer desculpa que te tire a responsabilidade de fato começar algo que exija coragem).
Bem, eu com certeza já.
Escrever esta newsletter, por exemplo, é algo que eu adiei por meses (se você está me lendo em sua caixa de entrada neste momento, pode me responder com “parabéns”. Você não faz ideia de quantos obstáculos mentais precisei superar para isso acontecer).
Tudo era mais importante do que sentar e escrever. Lavar a louça, passear com minha cachorra, planejar as metas do próximo mês, verificar o extrato do cartão. Todas tarefas inadiáveis que tornavam impossível simplesmente fazer isso que eu estou fazendo neste exato momento: escrever.
E por quê?
Porque eu tenho uma porção de medos. Medo de não escrever bem o suficiente. Medo de não saber desenvolver o tema escolhido. Medo de ninguém se interessar.
E… mais do que medo. Eu tenho ego. (ui, como é difícil admitir isso, hein?)
Ego que me faz preferir não arriscar colocar “a cara no mundo” e fazer papel de boba. Me comparar e me descobrir inferior às escritoras maravilhosas que admiro. Uma iniciante.
Percebi que fazia isso, inclusive, em muitas áreas na minha vida e desde muito nova. Quer um exemplo mais cotidiano? Demorei para aprender a andar de bicicleta e, com meus 14 anos, comecei a sentir vergonha de ser a única da turma que não sabia. Então eu simplesmente passei a evitar bicicleta. Se eu nunca andasse, ninguém nunca saberia que eu não sabia como.
Bem, aqui vai um tapa na cara do meu próprio ego: eu sou uma iniciante. Posso ter quinze anos de experiência com conteúdo e até feito cursos sobre newsletters, mas neste projeto específico eu ainda sou uma iniciante.
Mas o ponto é:
Quando foi que ser aprendiz em algo virou sinônimo de fracassar?
Não precisamos ser excelentes em tudo, sabe. Inclusive, tirar essa pressão sobre si mesma em situações em que realmente não importa se você é “a melhor” pode tornar a coisa toda mais divertida (e inclusive fazer você desempenhar melhor, olha que ironia).
“‘Vou fazer papel de idiota”, dizemos, enquanto nos vêm à cabeça imagens de nossa primeira aula de teatro, do primeiro conto capenga, os desenhos terríveis. Parte do jogo aqui é comparar os mestres da arte, no auge de suas carreiras, com os nossos trabalhos de iniciante.” – O Caminho do Artista, Julia Cameron
Nem sempre a gente precisa entregar a performance das nossas vidas. Às vezes é só sobre se divertir (falei um pouco sobre minha relação com a dança e esse sentimento aqui).
Vestir o chapéu de aprendiz e fazer algo pelo simples prazer de experimentar, independente do resultado. Como se fosse uma grande brincadeira.
E, mesmo quando a gente quer sim, fazer algo bom (como é o meu caso com a escrita)... antes de entregar nosso melhor trabalho, precisamos estar dispostos a entregar vários trabalhos meia-boca.
O mesmo livro citado a pouco traz uma reflexão que cabe bem aqui: o que eu faria se não precisasse executar isso com perfeição?
No meu caso, essa newsletter. Publicar meus rascunhos.
E você, o que você faria se não precisasse executar com perfeição?
Se quiser me escrever a resposta, vou realmente adorar saber. :)
Me vê mais uma, o papo tá tão bom!
🔗 Três links para você aprofundar a conversa
Este podcast Donas da P* Toda. “Ei, você não precisa ser excelente em tudo (abra espaço para fazer algo meia boca)”; [link]
Outro podcast, desta vez do Bom Dia, Obvious, sobre fenômeno da impostora; [link]
O título dessa edição foi inspirado em uma publicação da fotógrafa Mel Knolow, que acabou de lançar um projeto incrível onde branding pessoal & fotografia se encontram. Vale a indicação aqui. [link]
E, se quiser ficar para mais uma bebida, essa indicação que conversa muito bem com a edição de hoje:
Nem te conto…
🍺 Vamos continuar essa conversa lá na mesa do podcast?
Vou te contar uma coisa, mas não conta pra ninguém. Só de ouvir isso você já até se ajeita na cadeira e prepara os ouvidos né? No papo de hoje no podcast Mesa Para Duas, falamos justamente sobre ela: A FOFOCA.
E chamamos um convidado mega especial quando se trata desse assunto: Leo Colhado, o fofoqueiro profissional de Campinas mais famoso do TikTok!
Para saber da fofoca completa, é só ouvir (e ver!) pelo Spotify, YouTube ou pela plataforma de áudio de sua preferência.
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